quinta-feira, janeiro 26, 2006

Bombas relógio de fragmentação

Era inevitável depois da morte de Arafat a situação da Palestina seria sempre muito mais difícil de resolver. Parecia haver um movimento estranho mas eficaz de abandono das zonas ocupadas por parte de Israel. Mas a relutância em abandonar a Cisjordânia e a inexplicável aceitação da situação por parte de Ahmad Qorei só poderia levar ao que está a ocorrer neste preciso momento, o Hamas (organização terrorista e radical) vai ganhar as eleições legislativas, vão ser agora governo e tudo será muito mais difícil. Com eles nem o velho acordo com Yitzhak Rabin será aceitável. O Hamas ao longo dos anos recusou-se sempre a aceitar Israel como estado, e foram sempre os principais alvos da estado Israelita. Israel perdeu a oportunidade, a Palestina escolheu neste momento não a ter. Isto não se trata de um passo atrás, mas vários passos noutras direcções que vão levar a nada, a não ser morte, pobreza, desgraça, ignorância e radicalismo.

Miguel Bordalo

3 Comments:

At 10:08 da tarde, Blogger ines silva said...

Mau.Entao e o match point?

 
At 3:48 da tarde, Anonymous Anónimo said...

é a democracia...acho que o facto do hamas ter ganho pode ser a unica solução para eles deixarem as armas... é que ser oposição é facil, pagar os salarios ao fim do mês de tanta gente é mais dificil... vou esperar para ver

 
At 4:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O problema caro mt, é que muitas vezes ditadores e partidos políticos ganharam as eleições. E foi a última coisa democrática que fizeram. E depois tens de contar com o factor radicalismo, que pode acabar com tudo de vez, e não deixar nada para levantar.

 

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