quinta-feira, maio 25, 2006

O pródigo filho à casa torna



Chegou hoje directamente de Itália, o homem que andou separado durante 12 anos do clube onde pertence. É uma história longa, com momentos altos, momentos baixos mas sempre com uma enorme categoria, porque Rui Costa é o verdadeiro sinónimo de categoria no futebol.
Para lá da alegria que todo o verdadeiro benfiquista deve sentir, não deixo de me regozijar com outro aspecto, é que a partir de agora, no estádio da Luz joga aquele que a seguir ao Maradona tem mais estilo com uma bola nos pés, de sempre! E disto não tenho eu dúvidas, como cheguei muitas vezes a ter de que seria possível o seu retorno.
Saudações benquistas ao Rui Costa.

Miguel Bordalo

quarta-feira, maio 24, 2006

O Império Contra-Ataca

Foi com grande surpresa e muita tristeza que hoje soube do fecho da mítica cervejaria lisboeta Império. E até me esqueço dos melhores bifes de Lisboa que por lá se faziam, quando me lembro das pessoas com trinta anos de casa que foram para a rua e de uma história de décadas que ali se foi escrevendo, de pensamentos subversivos cruzados com arte nas suas mais variadas formas, sob o signo boémio que sempre caracterizou estes espaços e que agora se manda pela sanita abaixo.
E em nome de quê?
O cinema Império já tinha sido adquirido pela Igreja Universal do Reino de Deus, tal como o cinema Alvalade, há muitos anos, por outra, ou a mesma, tanto faz - como diria Gabriel o Pensador, igreja de enganar otários é toda igual -, e foi agora a vez da dita seita exercer o seu direito de prefererência que tinha sobre a cervejaria e comprá-la.
"Direito?". Pois, aparentemente, nas negociatas que ninguém explica - e regressa aí Gabriel, e que não se justificam! - foi dado o direito de preferência à organização brasileira, quando esta abutralhou o Cinema.
Para além de ninguém falar sobre isto, o que é estranho, é incrível como ícones lisboetas nos quais residem boa parte da nossa alma, podem estar à mercê deste tipo de gente.
Adeus Império. E já agora, onde anda o Sá Fernandes?

Manuel Castro

segunda-feira, maio 22, 2006

Round 2

Fiji? Não, RTP. Está quase a recomeçar. Tenho uma secreta esperança que acabe tudo à porrada.

Manuel Castro

Estou a sofrer

Isto é tudo muito mau no canal 1... tudo muito mau... tenho de telefonar ao Pedro, não sei porque é que estou agarrado a isto? Deve ser uma costela qualquer masoquista...

Miguel Bordalo

Ultra dividido

Estou a ver o campeonato de surf em Figi, já com uma boa transmissão, e ao mesmo tempo assisto a um debate onde, por causa de um personagem, que vai fazer com que eu queira que os jornalistas e acima de tudo Pacheco Pereira se portassem bem… é difícil, mas mais difícil é para mim olhar para um homem que entregou irremediavelmente, por culpa própria, a cidade de Lisboa à direita.

Miguel Bordalo

ps: e o Emídio Rangel... nem sei o que dizer...

Em resposta

Procura-se?

É verdade tenho andado ocupado, mas não, não sei como criar um mito. Ondas geniais são aparentemente só para quando o senhor Manuel está sozinho ou sem a minha companhia, por isso apanhei nestes últimos tempos ondas medianas. Andei sim, snhor a recuperar de uma lesão e perdi-me por Corroios, sou o primeiro a admiti-lo! O jogo de computador chama-se Oblivion, mas não é de níveis, é a recriação de uma entidade totalmente original, redimensionada noutro espectro virtual, numa experiência totalmente singular na criação de uma personalidade nova, ou um duplo “softwarisado”.

Acho engraçado que no meio de tudo aquilo que eu sou e que eu posso estar a fazer, neste fim-de-semana não fui violentado um uma comunidade de ouriços, até faço exercício e não me esqueço de comer qualquer coisa antes de entrar para o mar…

Miguel Bordalo

Ps: Que grande lata esse post, depois de certo membro deste blogue andar desaparecido há milénios!

Ps2: Gostava mesmo de ter visto a primeira versão do referido post…

domingo, maio 21, 2006

Encontrados

Miguel Bordalo e o treinador do Benfica - o tal.

Manuel Castro

sexta-feira, maio 19, 2006

Procura-se

Miguel Bordalo, 25 anos, lisboeta, blogger, escritor, surfista, sociólogo em formação, viciado manteiga com pão, jogos de computador e em exagerar compulsivamente condições de mar (de razóaveis para geniais), benfiquista fanático (ou seja, benfiquista), praticamente de artes marciais, recordista mundial do número de lesões por ano ( e ano desportivo), crítico musical (esse então procura-se mesmo, que aqui nem vê-lo), crítico de cinema e futuro cineasta, frequentador de festas estranhas, ateu convicto, etc, etc, etc (os etcetras é para não escrever palavrões).

A pergunta é:
Onde está Miguel Bordalo?

A resposta pode ser:
A criar um mito à sua volta.
A apanhar ondas "geniais".
A recuperar da sua última lesão.
Em Arroios a pensar que está em Corroios, ou vice-versa.
No último nível de um jogo de computador bastante complicado há 65 horas seguidas.

Manuel Castro

Queiroz ou não queres?

"Especulação", grita esse personagem que podia ter saído da obscura história do Vaticano, Cunha e Vaz, da comunicação do Benfica, sobre a hipótese de Carlos Queiróz ter assinado contrato para ser o novo treinador do nosso - e sim, vosso, seus renegados - Glorioso.
Pois cá para mim, se o catita engravatado o diz, parece-me claro que o oposto é a verdade.
Queiróz, será mesmo, o novo treinador do Benfica.

Manuel Castro

segunda-feira, maio 15, 2006

Mister

Um destes dias estava eu no meu hobbie preferido de viagens rotineiras, zapping radiofónico, quando escutei numa voz exaltada. Parei.
O discurso parecia saído de um Gato Fedorento, ou de um Bolas com Creme, ou um programa do Nuno Markl, mas não, era mesmo a sério.
A voz feita imagem só me fazia lembrar um personagem que partilhava o 24 connosco, quando íamos para o remo - os putos do Atlético chamavam-lhe tão só o "mister", uma figura saída do PREC, com um bigode e cabelo à Pietra (espera lá, seria o Pietra?) e uns óculos gigantes, direitinho para os treinos de futebol do famoso clube de Alcântara (um abraço "mister").
Mas este era outro. Ramalho, assim era o nome, falava para uma qualquer rádio local com a voz embargada sobre o último jogo da sua equipa contra os Pantufas. Pelos vistos o Ramalho, assim se chamava ele e assim falava ele de si próprio dizia que o "Ramalho", ele mesmo, não tinha nada contra os Pantufas.
"Ramalho", "Panfufas"? Pelos vistos o Ramalho tinha uma daquelas histórias de amor-ódio aos Pantufas, mas agora estava do outro lado - contra os Pantufas - e defendia-se com unhas e dentes das acusações de querer ganhar à força toda aos Pantufas, algo que ele, o Ramalho, tinha feito no domingo anterior. Ramalho boa gente fez-me rir uns bons quinze minutos.

Scolari também me faz rir, mas pelos piores motivos. O brasileiro insiste em fazer da sua casmurrice bandeira, provocando pequenas guerras idiotas como o dono que puxa a trela do cão quando este está quieto e calado.
Não é para o cão ser obediente, é para o dono sentir que o cão é obediente - auto-satisfação.
Quanto às escolhas para o Mundial, nem me quero preocupar com isso, temos demasiados bons jogadores para ofuscar a prepotência do macho gaúcho, e estou mais preocupado com o próximo treinador do Benfica e se o Benfica consegue ou não ficar com o Micolli - porque no caso do Benfica, ao contrário da selecção, precisamos mesmo de um bom treinador para ter sucesso.
E para o Benfica, quem sabe um upgrade do Ramalho?
Um benfiquista?
Um Toni mais pragmático, esquemático e competente? Um engenheiro...
Precisamos de um treinador para mais que um ano, a duração média dos contratos de todos os estrangeiros que por cá têm passado - com sucesso, mas sempre limitado precisamente pelo facto de serem de fora, com dificuldades de adaptação à nossa realidade, com saudades de casa, ou com casos de amor mal resolvidos com os seus clubes do coração. Ou seja, sempre a prazo. O êxito com prazo de validade não interessa ao Benfica. Venha de lá um português.

Manuel Castro

PS: caso o eleto seja Scolari, vou considerar seriamente a hipótese de me fazer sócio do Pantufas.

domingo, maio 14, 2006

A Nota Dez que a Bola nunca atribuíra

Foi em '89 que me lembro de ver aquele puto a jogar pela primeira vez. Sabia lá o que era o Boavista - tinham camisolas aos quadrados, pensava que devia ser um clube de xadrez com equipa de futebol - mas via os estranhos jogos europeus do clube só para ver jogar o João Pinto. Lembro-me particularmente de um contra uma equipa da ex-RDA que vi no Chiado, quando o Chiado ainda tinha polícia sinaleiro e o Bessa ainda nem sonhava ter um estádio como deve ser. Anos mais tarde, veio o Benfica, e foram muitos anos, em que ele foi sempre o melhor entre os melhores - e entre os piores. Hoje passam doze anos, e nem preciso de ir confirmar a data, sobre o jogo mais perfeito que eu vi um jogador fazer no Benfica e o melhor jogo que já vi o Benfica fazer - ainda tenho os recortes todos dos jornais do dia a seguir.
Há doze anos João Pinto fez o jogo da vida dele, a cereja no topo do bolo da sua campanha que deu um campeonato ao Benfica. Há doze anos que o número 8 arrasou sozinho com uma equipa do Sporting. 3-6. E nesta época que hoje acaba, a segunda depois do regresso ao Boavista, ele voltou a mostrar, doze anos depois daquela tarde em Alvalade, e dezassete anos depois das tardes estranhas no Chiado, o porquê de continuar a ser o nosso João Pinto.

Manuel Castro

Ate já

Manter um blogue durante muito tempo é uma experiência desgastante. Eu escrevo em blogues desde 2003, uma altura em que, diga-se em abono da verdade, pouco mais fazia que escrever em blogues, numa opção (porque foi uma opção) que acabou por resultar em pleno. Resultou porque a minha vida mudou por causa dos blogues e agora tenho pouco tempo para vir aqui debitar senilidades - ironia! Mas este blogue mantem-se em construção, calma e serena, degrau a degrau, com a dificuldade principal - falta de tempo -, a aliar-se à falta de vontade de escrever neste rimo tão próprio dos blogues, em que nos temos que harmonizar, entrar no compasso da blogosfera, para que as coisas surtam o efeito desejado.
O Pastelinho, esse ícone com fim esperado e nossa primeira criação, criou à sua volta um grupo de irredutíveis amizades que se espelharam numa rede de blogues muito próximos - deixem-me cá respirar para ver se consigo dizer isto: a seita, é isso. E destes, cada um deles com ritmos, vivências e pulsar muito próprios, há um que acabe hoje. É o da Clara.
Mas, ao lermos as razões dela, e olharmos para o futuro que aí vem, a conclusão que fica é que só temos razões para nos contentarmos. Fica o agradecimento pela partilha e um desejo de muita sorte. A vida segue sorridente para além dos blogues - e nas Ilhas, em dose dupla, suponho.

Manuel Castro

quinta-feira, maio 11, 2006

25 anos depois...

bob

..."Redemption Song" ainda faz sentido.

Manuel Castro

A revolução não passa na televisão

tv

Espero que ontem não tenham visto televisão. Ontem era o dia da não-televisão.

Manuel Castro

Working Class Heroes

aussies

Duas semanas presos numa mina.

Manuel Castro

quarta-feira, maio 10, 2006

Eu vim de longe

Andei por terras algarvias, bascas e escocesas, tenho tido pouco tempo, mas certamente falarei de todas estas viagens por aqui. Eu não queria regressar a falar de futebol, mas tem que ser, é mais forte que eu. Acho, como diria Pedro Adão e Silva (que, para quem não sabe, personifica a própria expressão, ao marcar a festa do Quase Famosos para a altura em que eu não estava cá) "incrível" que o Miguel tenha dito que os próximos meses vão ser um deserto no que diz respeito ao futebol.
O defeso é a melhor parte da época. Quem vem, quem fica, quem vai, as inventivas "listas de dispensa", esta é a única altura que vale a pena olhar para os jornais desportivos, para ver quem inventa mais e melhor.
Há, neste momento, várias questões bem reais que me preocupam:

- Quem é que vai treinar o Benfica?
- Como é que nos vamos ver livres do Robert?
- Para que clube vai o Simão?
- Como é que nos vamos ver livres do Robert?
- Será que o Álvaro Magalhães regressa?
- Como é que nos vamos ver livres do Robert?

Manuel Castro
-

terça-feira, maio 09, 2006

Benfica final da temporada

Acabou a época do Benfica e agora até daqui a uns meses vai ser praticamente um deserto. Para mim o futebol é o Benfica, gosto da selecção mas não a vivo tão intensamente, apesar de, aposto, no futuro vir a escrever muita coisa sobre a selecção aqui…

Mas a verdade é que a época do Benfica não correu bem. O quartos na liga dos campeões é um resultado bom, principalmente porque já faltava o Benfica mostrar-se um pouco na europa, relembrar o poder do Benfica no continente, acho que nenhum clube na europa o tem, mas não foi suficiente para o resto da temporada que correu tão mal. Podem-se arranjar várias desculpas, encontrar-se várias razões, o Simão não teve tanta influencia, em baixo de forma a temporada inteira, o sistema de jogo não se adaptou às equipes que jogam no campeonato, o excesso de jogos prejudicou a equipe, e a já fatídica telenovela das lesões continuou, relembro que temos histórias com lesões consecutivas, quase colectivas desde Camacho, e esta não foi a pior das épocas a esse nível. Mas a verdade é que também houve vários erros estratégicos e de decisões técnicas.

Para grande alívio de vários benfiquistas Ronald Koeman foi-se embora, ao contrário de Trapattoni não estou a ver Koeman a ter dificuldade em ter sucesso no PSV, ainda assim foi bem pior a prestação do holandês com uma equipe com bastante mais qualidade. O problema é que essa qualidade ficou grande parte das vezes de fora, e houve decisões que ainda na última jornada se confirmaram ser um desastre! Mil vezes a teimosia de Trapattoni, que sempre entendi, à teimosia de Koeman a insistir em Beto e principalmente Moreto, espero que vão os dois parar ao PSV! Depois só para mais uma análise em relação ao treinador italiano, acusado de ser ultra defensivo, Trap nunca na vida jogou com três trincos, (e veja-se que Koeman pôs Beto na frente do trio), a jogar contra o Paços, a jogar sem flanquedores e com os laterais a subirem muito raramente! Koeman não será um mau treinador, não será um bom treinador também, isso o futuro dirá, mas a falta de jeito em compreender o futebol português isso ninguém lhe tira, a falta de jeito em lidar com certos aspectos do plantel como foi com Quim, que esteve a jogar pelo Benfica lesionado! E perdeu o lugar para Moreto de um dia para o outro também fica com ela.

O Benfica está novamente a tornar-se um antro de prima donas, que não têm vontade de jogar com equipes pequenas, e se não se arranja um treinador que acabe com isso vamos ter umas épocas de sofrimento.
(Desculpem os erros, já é tarde não tenho paciência para rever.)
Saudações Benfiquistas.

Miguel Bordalo

sábado, maio 06, 2006

Trás recordações

Secretário no Real, Dimas na Juventos...

Miguel Bordalo

sexta-feira, maio 05, 2006

Estudos cretácios

Estudos cretáceos

Enquanto o Sporting já encontra maneiras de fazer com que haja mais do que um candidato à presidência. O PSD estuda a evolução daquele nicho democrático, mas para já as votações vão apenas com um candidato. A democracia no seu estado cretáceo…

Miguel Bordalo

quinta-feira, maio 04, 2006

Os disciplos de John Stewart

Ao passar pelo blogue do único visitante deste blogue deparo-me com o discurso de Stephen Colbert no jantar do media para homenagear o presidente, tive de ver para acreditar, e depois de ver fiquei descansado.
John Steward já tinha há uns tempos ido a um daqueles programas nos EUA em que dois tipos praticamente se insultam para discutir pontos de vista chamado crossfire. O programa era um sucesso na televisão e Stewart gozava repetidamente com eles no seu. Ao ser convidado surpreendeu muita gente que pensava que ele não se podia vender assim tão facilmente. O programa não só não teve piada nenhuma para os tipos do crossfire, como provavelmente para a maioria dos seus telespectadores. Ás tantas o mais reaccionário dos comentadores ainda incrédulo tenta - but I thouth you were going to be funny... - resposta - I'm not going to be your monkey! - Tudo aquilo foi tão pesado que passado um mês o crossfire acabou como programa.

Hoje no Olho Aberto também fiquei surpreendido, mas só até ter visto o discurso de Steven Colbert, a atacar tudo aquilo que o Daily Show ataca diariamente, os média na sua generalidade e a Casa Branca. O discurso é tão desconfortável que os momentos de alívio são três ou quatro em que as pessoas na sala se conseguem rir, o resto são um monte de jornalistas de boca aberta a levar tareia. Vale a pena ver. o 1, o 2 e o 3. Isto incialmente posto num blogue no qual já escrevi por achar piada ao conceito, foi num momento em que estava para fazer uma coisa igual o Cão de Guarda.

Miguel Bordalo

quarta-feira, maio 03, 2006

Lisboa sempre choras



Hoje fui ver um filme marcante, Lisboetas de Sérgio Trefaut, uma pessoa pensa que sabe, mas não sabe, um documentário como este devia ter muito mais visibilidade do que apenas uma sala em Lisboa.

Lisboetas é um documentário totalmente passado em Lisboa em zonas por onde passo todos os dias, todas as semanas e certamente todos os meses. Uma fila de gente por onde passo mais ou menos indiferente com uma piada ou outra sobre a capacidade dos serviços públicos, passou agora a significar outra coisa, e mesmo quando consciente sei da dificuldade dos emigrantes, e já vi, entristecido, vários emigrantes a caírem em cima do lixo de um super mercado no campo pequeno, não sei nada deles, do seu desespero pessoal, de que como cada um tem uma história, e cada um terá outra história depois.

Uma vez num jantar de uma amiga, uma senhora mais velha que trabalhava no aeroporto dizia-me preocupada, mas como um facto da super interessante se tratasse, que os emigrantes do leste voltavam a casa mais depressa num caixão após serem atropelados do que numa camioneta tal como vieram…

Os Lisboetas… a minha cidade é um caldeirão, sempre foi desde os tempos dos descobrimentos, talvez até ainda atrás. Lisboa sempre teve histórias de poucos sucessos e de muitas tristezas, por vezes até de desgraças e massacres. Hoje em dia passa por um processo de transformação, mais um, inevitável, e o que fazer? Repudiá-lo? Abraça-lo sem olhar a nada? Preferia pensar na última, a verdade é que este país e esta cidade em especial não tem capacidade para resolver nada a praticamente ninguém. E se é para mim uma vitória saber que a minha cidade ajudou alguém, é uma maior derrota saber que na sua maioria Lisboa não ajuda nada.

Houve dois momentos marcantes no filme, duas expressões que me vão assombrar durante uns tempos, a do guiniense que não entendia a mulher da emigração e o antigo piloto das forças armadas da união soviética que totalmente destruído, sem um indicio no corpo, postura ou presença que fizesse adivinhar que tinha sido militar, tentava descobrir se tinha um pé partido…

Lisboa sempre choras
De sangue salpicado em terras distantes

Miguel Bordalo

terça-feira, maio 02, 2006

Não entendo

Pura e simplesmente não tenho vontade de escrever em blogues, nem quando me apetece!

Miguel Bordalo