quinta-feira, março 30, 2006

Matchpoint

E as palavras que não saem quando tudo se resume a isto.

Manuel Castro

Rescaldos impensaveis

Se há uma coisa que me irrita de sobre maneira em todos os desportos que pratiquei, é apanhar alguém a ser condescendente, ou mesmo arrogante comigo. O único desporto que fiz em que era eu o melhor, natação, nunca falei para baixo a ninguém, pelo contrário, havia uns quantos pais mais intensos que não gostavam de ver os filhos perderem para mim, e eu gostava sempre de ajudar a criar um ambiente mais leve. Serem melhores que eu não me impressiona, no Taekonwdo há três ou quatro praticantes no meu clube melhores que eu, para o provarem não precisam de dizer nada, são melhores e isso vê-se, mesmo quando lhes ganho um combate.

Eu já tinha reparado no dia do jogo Benfica - Barcelona, mas esta notícia serviu para perder um bocado o respeito e admiração que tenho a Ronaldinho! É que passando por Ronaldinho, os adeptos do barcelona e os subservientes comentadores portugueses são todos como o Manel tão bem descreveu uns posts atrás uns verdadeiros wankers! Sim, uns punheteiros! Não há outra palavra.

Miguel Bordalo

quarta-feira, março 29, 2006

O Barça

Eu achava piada ao Barça, quando lá jogava o Figo. Foi também um prazer para os olhos ver o Ronaldo fazer aquela grande época, quando Robson era o treinador. O Guardiola foi dos meus jogadores preferidos, e enquanto o Romário lá esteve, era uma equipa tolerável.
O Bakero era grande, o Gaúcho é genial.
É essa a minha história com o Barça, uma história de admiração a vários jogadores.
No final da década de 90 o Barça foi o segundo clube de muitos portugueses - fossem eles do Benfica, do Sporting, ou do Porto - , a TVI transmitia os jogos e a Barcelonomania andava aí.
Eu, como não concebo muito bem essa história dos "segundos clubes estrangeiros", limitava-me a apreciar o bom futebol catalão.
Depois do groseiro tratamento que deram a Figo - do mesmo género do que muitos benfiquistas deram a João Pinto, de um modo menos violento, é certo - o Barça deixou de me ser indiferente. Passei a não gostar dos tipos.
Há pouco tempo, quando Mourinho regressou à Catalunha para jogar com o Chelsea foi inundado por insultos. Claro que o special one andou a pedi-las, ele é mesmo assim, mas os insultos do orgulhoso povo catalão não saiam do eixo "português tradutor de merda". Mourinho, o português.
Para um povo que é tão afirmativo e orgulhoso em relação à sua nacionalidade - a catalã - há pouco cuidado em disfarçar a sua verdadeira falta de charme internacionalista - algo que, por incrível que pareça, é vendido como marca genética da cosmopolita Catalunha.
Voltando ao futebol, como é possível sequer ponderar gostar destes tipos?
Leiam o artigo principal do Sport e algumas das colunas dos opinion wasters do jornal catalão. Aposto que o mais anti-benfiquista dos cidadãos vai querer que o Benfica ganhe na segunda mão e passe às meias-finais da Liga dos Campeões.
Por falar nisso, alguém aqui não acredita?
Eu acredito.

Manuel Castro

PS: Fica aqui a minha opinião sobre o Moretto: Eu acho que o Moretto redefiniu todos os paradigmas de guarda redes maus.

Sobre a vitória ontem do Benfica

Como dizia ontem um comentador distraído na rádio, o Benfica ontem teve nova vitória, conseguiu jogar bem e pôr o Barcelona com sérias preocupações no final do jogo, na segunda parte o Benfica jogou bem melhor que a equipe de Catalunha.

Para responder aos comentários do meu post anterior, onde expressava o meu nervosismo antes da partida, tenho algumas coisas a dizer, a primeira é que o meu torneio de Taekwondo ou Taekwon-do perdi de primeira, apesar de ter sido muito roubado e quase ter deixado o meu adversário inconsciente, foi uma boa experiência. Depois Miccoli, com o jogador italiano quer se queira quer não a equipe transfigurou-se, Miccoli é titular indiscutível nem que para isso seja preciso tirar Nuno Gomes! Quanto a Moretto o problema é já muito maior, na minha opinião não se trata só do jogador não ter classe absolutamente nenhuma, trata-se de que as suas fífias e é certo, consequentes defesas, destabilizaram por completa a defesa do Benfica, que tirando Anderson, claramente não confia em Moretto, e isso mexe com uma equipe inteira, faz com que se defenda mais atrás e não se arrisque tanto nas subidas, as defesas de Moretto, tirando uma, que por estarmos a defender demasiado atrás, os jogadores do Barcelona conseguiram entrar na grande área com a bola controlada, as outras não foram nada de especial e deveram-se mais à displicência com que os jogadores do Barcelona remataram do que à qualidade de Moretto, que é cada vez mais evidente, não é muita.

Ainda de realçar o mau trabalho de Beto, muito apreciado por todos os comentadores, muita corrida? Sim, mas cabritas do Deco, cuecadas do Ronaldinho, ou qualquer tipo que lhe aparecesse à frente passava, na primeira parte não fosse o Petit e esta protecção dos jornalistas que vem desde a pré época a Beto não seria possível neste jogo. Petit e Manuel Fernandes, esses sim gigantes, Luizão absolutamente inacreditável, Simão em grande forma, e finalmente o jogão, para mim o melhor jogador em campo ontem, Ricardo Rocha, não só pelo que fez atrás, Ronaldinho não passou uma única vez pelo Ricardo! UMA! Como teve tempo para também ele subir, os cruzamentos não lhe saíram sempre bem? O que é que isso interessa? O homem nunca teve ninguém no flanco dele, para ajudar a defender ou atacar! Fiquei de boca aberta, e se Rocha sempre foi um dos meus jogadores preferidos no Benfica ontem só ajudou a cimentar a minha opinião!

Enfim, o resultado podia ter sido melhor, mas também podia ter sido bem pior, em Nou Camp vamos sofrer, mas vamos sofrer à grande e à francesa, mas no contra ataque, ou no ataque rápido com demarcações como fez o Benfica ontem, é bem possível chegarmos lá. Verdade seja dita, já fazia alguns anos que os Benfiquistas sentiam coisas destas, esquecendo o campeonato, esta equipe deu-nos isso. O problema é que esquecendo o campeonato podemos não andar a sentir estas coisas para o ano… mas se pensarmos bem, seria possível a qualquer equipe desde 93/94 fazer frente a um Barcelona seja de que maneira fosse?

Ps: o Saca lá perdeu ontem novamente… se o circuito o ano passado correu mal, este ano está abaixo de cão! Uma coisa é certa ainda há muito tempo, muito campeonato, mas o Saca tem de pôr a cabeça no sítio rapidamente. Gostava no entanto que alguém falasse da justiça das notas que deram, não especialmente ao Tiago mas à primeira onda de Jean da Silva 7.17?

Miguel Bordalo

terça-feira, março 28, 2006

Wankers

Num momento de escape, de fuga da depressão urbana e social de Edinburgh, algures nas Highlands, queixava-se furiosamente Mark Renton, no Transpotting, aos seus amigos Sick Boy, Spud e Tommy, do povo escocês - eles próprios, os escoceses.
Dizia que não odiava os ingleses - o que seria o lógico - , que apenas os achava uns punhateiros, mas que os escoceses, esses, tinham sido colonizados por punhateiros.

It's SHITE being Scottish! We're the lowest of the low. The scum of the fucking Earth! The most wretched miserable servile pathetic trash that was ever shat on civilization. Some people hate the English. I don't. They're just wankers. We, on the other hand, are colonized by wankers. Can't even find a decent culture to get colonized by. We're ruled by effete assholes. It's a shite state of affairs to be in, Tommy, and all the fresh air in the world won't make any fucking difference!

Hoje de manhã, supermercado do bairro, assalto à pistola.
Tudo normal, ou hoje não fosse dia também de ataque seleccionado aos carros mal estacionados - dia de jogo grande na Luz, Polícia Municipal em plena acção de colecta. Provavelmente a maior concentração de polícias desde a carga no Terreiro do Paço (lembre-se polícias contra polícias) .
Tragam as barrigas e os bigodes e vamos a isto.
A rua pejada de Polícias Municipais, agarra que é ladrão, e nada. Zero. Nem um olhar desviado da brilhante folha de multas.

Eu não odeio os ladrões.

Manuel Castro

O que fazer?

Num dia de nervosismo e ansiedade, olhamos para nós próprios, prespectivamos o próximo fim-de-semana, vai correr melhor, e tentamos não pensar muito no dia de hoje... as minhas mãos tremem ligeiramente, mas de entusiasmo...

Miguel Bordalo

quinta-feira, março 23, 2006

Mais uma foto do público

Esta porque me fez sentir bem, não sei bem porquê, umas mulheres palestinianas a correrem nas praias da Faixa de Gaza, não só todo o movimento é belo como os sorrisos são sinceros.



Gosto de ver coisas belas com sentido...

Miguel Bordalo

segunda-feira, março 20, 2006

Competir comigo



O vício da competição sempre foi um bichinho que me mordeu na altura errada... lembro-me no entanto dos momento mais importantes de cada modalidade. Na natação era a saída dos blocos, tudo começava ali, disparava tudo no momento libertador em que se toca na água, zás, tudo, tudo, tudo, na natação nada se reserva, mesmo em longas distancias, o ritmo pode ser controlado mas nunca a força. No remo era a meio da corrida, quando os barcos se começavam a distanciar em balanços diferentes. O remo é como uma daquelas jantes dos carros, que visualmente parece que com diferentes velocidades andam para trás ou para a frente quando estão sempre a andar para a frente, - Pega dez! - uma ligeira dor nas costa aquela velocidade, a dor nos músculos das pernas e os seus vizinhos… foi a competição mais contemplativa e menos stressante que fiz, adrenalina quase nenhuma, nervosismo inexistente, o cansaço e o esforço no limite do impossível. No Taekwondo tudo é diferente, a adernalina está no máximo, os sentidos todos despertos, câmaras lentas, aumentos de rotações, os nervos a dispararem por tudo o que é lado, tácticas, fintas, truques, manhas, posições, «o pé como está? A inclinação do corpo? O que é que vai acontecer a seguir?» a antecipação, a velocidade, a reacção. E isto tudo só num treino mais a sério! Competição de taekwondo é a mais brutal delas todas, e no final a mais relaxante. Tenho no entanto de experimentar outra vertente competitiva, está perto…

Miguel Bordalo

sexta-feira, março 17, 2006

O raio do tempo

Já não via um filme no cinema há séculos! Pelo menos duas semanas, ontem com pressa, depois das aulas da minha namorada fomos a correr para o cinema para nos depararmos com um dos piores filmes de sempre que tive o prazer de ver, "A pantera cor de rosa" com o especialista americanos em remakes de mau gosto o Steve Martin. Não me entendam mal a pantera cor de rosa com Peter Sellers é hilariante! Mas o Steve Martin... era o único filme que podíamos ver às dez horas e digo-vos uma coisa, nunca na minha vida tinha visto tanto microfone no topo do ecrã! Eu já nem conseguia ver o filme, e quando tentava desviar o olhar, era a minha namorada a dar-me uma palmada e a dizer, olha lá está ele! Mas é que não era um! Eram vários! Haviam azuis escuros, pretos e até verdes! Ainda assim o filme conseguiu arrancar-me três ou quatro gargalhadas, não foi uma noite totalmente perdida... apesar da risada ter sido muito maior quando saí e fiquei a falar com a Andreia (a minha namorada, já disse?) por vezes vale mais a pena ficar a falar com as pessoas que gostamos do que ir ver um mau filme...
Este tempo tem estado uma miséria! Não tem?

Miguel Bordalo

segunda-feira, março 13, 2006

Amused to Death



It's a miracle

Miraculous you call it babe
You ain't seen nothing yet
They've got Pepsi in the Andes
Mcdonalds in Tibet
Yosemite's been turned into
A golf course for the Japs
The Dead Sea is alive with rap
Between the Tigris and Euphrates
There's a leisure centre now
They've got all kinds of sports
They've got Bermuda shorts
The had sex in Pennsylvania
A Brazilian grew a tree
A doctor in Manhattan
Saved a dying man for free
It's a miracle
Another miracle
By the grace of God Almighty
And pressures of marketplace
The human race has civilized itself
It's a miracle
We've got a warehouse of butter
We've got oceans of wine
We've got famine when we need it
Got a designer crime
We've got Mercedes
We've got Porsche
Ferrari and Rolls Royce
We've got a choice
She said meet me
In the Garden of Gethsemane my dear
The Lord said Peter I can see
Your house from here
An honest man
Finally reaped what he had sown
And farmer in Ohio has just repaid a loan
It's a miracle
Another miracle
By the grace of God Almighty
And pressures of marketplace
The human race has civilized itself
It's a miracle
We cower in our shelters
With our hands over our ears
Lloyd-Webber's awful stuff
Runs for years and years and years
An earthquake hits the theatre
But the operetta lingers
Then the piano lids comes down
And break his fucking fingers
It's a miracle

Roger Waters

Costumo dizer que há um disco, o melhor disco de Pink Floyd, que os Pink Floyd só conseguiram fazer quando Roger Waters saiu do grupo. Assim, Waters foi faze-lo, com calma e muita intensidade, um dos melhores discos de música de sempre. É um disco que não dá para ouvir no média player, só se pode ouvir numa boa aparelhagem, e de preferencia com uns bons auscultadores. Ou seja, onde é que eu quero chegar… eu tenho uma mania que durante uns tempos, umas semanas, digo, por tudo e por nada uma certa frase, um certo ruído, um gesto com som, que apanho de filmes, de músicas, por vezes de coisas que ouço na rua ou de amigos. A última, andava eu a rever no SIC comédia o Allo Allo, e assim sendo de vez em quando, para quebrar um silencio, para acordar de uma qualquer letargia, antes de apanhar uma onda, ou quando não há ondas gritava “Carstairs!” Mas por vezes digo frases inteiras de filmes, outras frases que me impressionam em músicas, quando algo me faz lembrar uma destas frases, digo-a, há frases que têm anos! Peguei isto à minha irmã, tenho frases que digo com ela, ainda irei pegar à minha namorada. Uma das frases recorrentes está já neste post, dirijo a vossa atenção para uma das letras que sempre me impressionou em toda a minha vida desde que conheço este disco, “It’s a miracle” e a frase que ainda hoje repeti, e que me está a fazer ouvir o “Amused to Death” novamente, e a frase é “A doctor in Manhattan/
Saved a dying man for free”, hoje com esta notícia apanhei-me a dizer em voz alta, - and a doctor in Manhattan, saved a dying man for free, it’s a miracle!

Miguel Bordalo

quinta-feira, março 09, 2006

Aquele abraço à vitória!

slb
Foto gamada ao Vasco, que por sua vez a vilipendiou do site da UEFA

Há 15 anos que o Benfica não tinha uma vitória europeia destas. Uma vitória categória contra um gigante europeu - só o campeão europeu, o Liverpool, no mítico Anfield Road.
Foi um 3-1 em Highbury Park, contra o Arsenal, na noite que fez de Isaías o profeta, em 91/92, a última das grandes vitórias europeias.
Passaram anos horríveis.
Fomos saco de pancada de equipas absurdas (Halmstads), potências regionais com ambições europeias (Celta de Vigo), perdemos oportunidades de entrar na Liga dos Campeões, contra equipas perfeitamente acessíveis (Anderlecht), houve de tudo e mais alguma coisa. Principalmente humilhações.
Humilhações que nos custaram eliminatórias (7-0 em Vigo), outras nem por isso (4-2 em Jerusálem contra o Beitar).
Mas nestes tipo de competições, por vezes o jogo em si ultrapassa a competição - não me dá prazer nenhum passar contra o Beitar de Jerusálem, se vou a Israel (!) levar quatro.
Do mesmo modo, aplaudi como o Benfica caiu contra o Inter de Milão, em Milão (4-3) - numa altura em que o Benfica já se reerguia para voltar a ser aquilo que já foi - o que em tudo se deveu, passe os defeitos, a Vilarinho (que correu com Vale e Azevedo) e Filipe Vieira - os homens que, por mais asneiras que possam ter feito, sabem que antes de tudo o Benfica tem que estar em tudo para ganhar - é isso que alimenta o seu espiríto.
Primeiro com Camacho, depois com Trap, agora com Koeman, o Benfica voltou a ser aquilo que durante muitos anos não foi: uma equipa digna, na vitória e na derrota.
E a vitória de ontem foi fantástica, com uma aura mítica dos grandes tempos europeus - e os que eu conheço não são os dos anos 60, mas os dos anos 80 e começo dos anos 90. E é esse Benfica que vejo agora recuperado, pelo menos em espírito.
E esta redenção tinha que ser contra uma grande equipa, um grande clube como o Liverpool.
Viram os adeptos do Liverpool a esganarem-se a cantar quando tinham a eliminatória perdida?
Viram os aplausos à equipa e aos adeptos do Benfica?
Estava escrito, tinha que ser num ambiente destes este reencontro do Benfica com a sua verdadeira identidade, a de clube com uma camisola que é para respeitar e ser respeitada.
E por mim, uma vitória destes vale uma época. Mas venham mais. E que tragam outras também. Quem é que não acredita?

Manuel Castro

quarta-feira, março 08, 2006

Fute Armada (ou como ninguém pára o Benfica)

Bye Bye Beefs Hello Quarter-Finals

segunda-feira, março 06, 2006

Os Óscares 2005

Como sempre desde puto não perdi ontem a noite dos óscares, sou viciado em cinema, gosto de uma maneira um pouco provinciana de ver todas aquelas estrelas juntas a agradecer, a relacionarem-se e a cima de tudo a mandarem bocas umas às outras. Não vejo telenovelas, permitam-me.
O melhor da noite passado para começar foi Jon Steward, à muito tempo que não me divertia tanto a ver os óscares, a edição passada tinha sido um terror, esta foi Jon Steward quem a fez brilhar. O minuto e o rude interromper dos ganhadores continua, infelizmente, tirando espontaneidade aos discursos de aceitação, que são agora quase clínicos, quando bem feitos e um desastre quando não estão bem preparados. Já o disse preferia ver até às seis da manhã do que acabar às quatro e meia e parecer ter assistido a uma máquina distribuidora de prémios.

Para mim houve ainda três injustiças, a primeira e mais clamorosa foi o argumento original, foi para “Crash” um bom filme, mas nada comparado com o genial e mais que brilhante argumento de Woody Allen em “Match Point”. Mas a essa injustiça já estou eu habituado, Woddy Allen já foi nomeado para 15 argumentos originais, ganhou três, se não me engano… A segunda para a melhor actriz Reese Whitherspoon, para mim de longe Felicity Huffman. O terceiro para o melhor filme, “Brokeback Moutain” é bem mais filme do que “Crash”, apesar da grande injustiça aqui ser a de Woody Allen não estar presente com “Match Point”, de longe o melhor filme que eu vi este ano.

Ben Stiller esteve em grande, o melhor discurso de aceitação foi o de Clooney, o momento mais ridículo foi mesmo de Steven Spielberg, Ben Stiller vestido num fato verde, faria pretensamente com que ficasse invisível, andando de um lado para o outro no gozo, a fingir que desaparecia e que rodava a cabeça, virou-se e disse – This is bloing Spielberg’s mind! – filmado o próprio Spielberg quase sério negou-o – No it’s not! – leram-se nos seus lábios… O homem anda meio reprimido desde que apoiou a invasão de Bush ao Iraque… há parvos para tudo… Diga-se de passagem que tirando todo o facciosismo do filme, Munich é espectacular.

O momento mais estranho foi a vitória de uma banda de rap com a música, tenebrosa, diga-se de passagem, mas não são sempre nos óscares? chamada “Hard out here for a pimp”, os festejos foram como se espera uma banda de rap festejar, um monte de “shout outs”. E Jon Steward que mais tarde veio a chamar a atenção, Socorcese 0 – ganster rap (ou o nome da banda já não me lembro) – 1. Ri-me até darem o óscar de melhor edição ao “Crash”, que me pareceu bem entregue.

Miguel Bordalo

Post pré oscares

Marques Mendes é um tipo que tirando-lhe todos os defeitos, tem uma certa piada. Uma vez no parlamento fez uma piada sublinhada pela TSF uns tempos, em que levantando-se referia que não faria grande diferença sentado ou em pé devido à sua estatura. Ontem fez-me rir que nem um perdido quando no congresso do PP em Espanha imitou extraordinariamente bem aqueles futebolistas que se apresentam nos clubes espanhóis, e que sem nunca terem sequer ouvido a língua espanhola, a não ser com o som muito baixo e de passagem por um canal às madrugadas na TV cabo, começam imediatamente a arranhar o espanhol. Eu que sou Português não consegui entender muito bem o líder do PSD, os espanhóis só se riam! Belo número sim senhor…

Miguel Bordalo

sábado, março 04, 2006

Ao cuidado de Luis Filipe Borges e Nuno Costa Santos

"Só nós é que sabemos o que é que a Kate Moss tem a ver com o ataque do Liverpool"

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Manuel Castro

ps: eventualmente, haveremos de fazer um post que não seja sobre futebol.